Caminho das Pedras

Monday, September 07, 2009

Ideias e ideais

Este texto eu escrevi em setembro de 2006 por idéias que tinha na cabeça. Idéias minhas que, por achar que eram só minhas, escrevi. Até mesmo para retomar de tanto em tanto tempo e relembrar. Uns dois anos depois, li um texto que roda pela internet chamado "Sawabona Shikoba" e tomei um susto ao ver que mais alguém pensava como eu. Foi mais uma tradução das minhas idéias. Abaixo transcrevo o texto de 2006, certamente não tão letrado como o da internet, mas também com alguma pitadinha de introspecção.


Num relacionamento há de se saber exatamente a hora de parar e escutar o outro. Muitas vezes, na hora em que mais achamos que somos nós os necessitados, o outro é que sofre sozinho no seu canto. O relacionamneto há de ser baseado no amor, no companherismo e na segurança de uma rocha. Não há, de forma alguma, qualquer compromisso de estarem juntos; estão simplesmente porque assim o desejam, e todo o resto não lhes faz mais falta. Não porque se completem, é um erro pensar no outro como um retalho de si. Quando um "completa" o outro, eles não são fortes o suficiente sozinhos e, quando vier um vento mais forte de fora, caem os dois, porque eles se sustentam.
Num verdadeiro relacionamento cada um é uma unidade forte em si mesmo, mas longe de ser egoísta. O prazer de estar junto é o que faz a ligação, e não a necessidade de se completarem. O olhar de carinho e preocupação de um para o outro é visível. Assim sendo, quando qualquer adversidade houver, sendo cada um uma unidade, o que estiver em pé terá capacidade para ajoelhar-se e erguer o que caiu.
E um não é do outro... Ninguém é de ninguém. O verdadeiro amor não aceita posses. Quando é mesmo verdadeiro, deixa livre e ele, sozinho, traz e mantém de volta. Não por posse, mas simplesmente pela comunhão de pensamentos.
E a comunhão de pensamentos... ela é indispensável. Podem estar separados por anos-luz de distância, mas pensam juntos. Muitas vezes o que um pensa, o outro completa.
Quando a distância se fizer presente não será um problema, pois a certeza do amor estará com consigo, preencherá cada espaço vazio e se renovará a cada contato, nem que seja por telefone. E se renovará da alegria e esperança de estarem juntos novamente. E assim, cada um levará o seu dia da maneira mais feliz possível por ser um dia a menos para o reencontro.
E quando finalmente estiverem juntos, mesmo depois das atribulações diárias e dos conflitos normais, deixarão os problemas do lado de fora da porta e farão da sua casa e do seu quarto o seu santuário.
E, ao deitarem juntos todas as noites, dia após dia, sentirão no outro a tranquilidade, a fortaleza e a certeza que reafirmarão os votos feitos.

Retomando

Tanto tempo sem postar que foi até difícil achar meu acesso novamente. Pelo menos não apagaram minhas idéias.
Como disse aqui abaixo, essa modernidade de computador às vezes tolhe um pouco a criatividade pois, não sei quanto a vocês, mas eu tenho verdadeiros "surtos" de escrita. E eles precisam ser sanados rápido, sob o prejuízo de se volatizarem.
Então, vou pegar alguns textos escritos na caneta mesmo e repassar ao blog. Afinal, para isso é que ele foi feito.
Falando nestas novidades de 3 anos sem acessar, me surpreendi ao me deparar com um seguidor. Estranho! Este blog foi feito escondidinho para dar escape à escrita. Não me lembro de ter contado a ninguém.
De qualquer forma, seja bem vindo meu caro amigo leitor desbravador de blogs!
Deixe suas opiniões e comentários! Seremos dois a discutir filosofias.

Monday, September 11, 2006

Triste e pensativa

Ando meio triste ultimamente... pensativa talvez.
Estou me questionando muito se a traição é algo inerente à natureza humana. Não só traição de homem/mulher (essa também, claro), mas traição de princípios e costumes. Às vezes vejo coisas que pra mim parecem tão absurdas que me sinto ilhada, num mundo só meu, me sentindo um ET por ainda acreditar nas pessoas.
Claro que não sou nenhuma santa.. estou bem longe disso.. e.. atire a 1a pedra aquele que nunca caiu em tentação. Tentações ocorrem, estão em todos os lugares. Servem inclusive para nos fazerem crescer em certos momentos. O que me questiono é o fato de achar tudo isso muito natural.
Para alguns casos já ouvi a estória " o homem é um ser poligamo por natureza", pra outros é pq existe o tal "jeitinho".. e não me venham dizer que o jeitinho é só brasileiro, não. Em qualquer lugar acha-se alguém que pra passar por cima de princípios, inventa mil regras e desculpas.
Acredito que a traição pode acontecer na vida de qualquer um.. quem não comete deslizes? Quem não se engana com alguma situação que julgava melhor e depois se arrepende? Como já dizia uma amiga minha "todo mundo precisa trair uma vez pra entender o lado humano da traição" Concordo em gênero número e grau. Principalmente em número: uma vez. Acho que pra aprender tá de bom tamanho, não?
O problema que me deixa assim tão triste é que banalizou o negócio de tal forma, que trair é chique, é macho, é independente, é não se prender, é feminino, é esperto, é mais legal... Nisso eu acho que perdi o bonde da estória.
É nos momentos em que vejo isso acontecer bem debaixo do meu nariz, principalmente por pessoas que achava que pensavam como eu, que entro em desespero e choro baixinho lá pra dentro de mim mesma.. Talvez eu seja mesmo careta, chata, enjoada, mas ainda não encontrei motivos que justifiquem fazer e repetir (e achar normal) alguma coisa que claramente faça uma terceira, ou muitas terceiras sofrerem. Muitas vezes, inclusive, atos bobos que poderíamos perfeitamente dispensar.

Friday, July 14, 2006

Uma estória factível

É apenas mais um texto literário que criei, baseado na estória vivida por alguém próximo. Mas poderia, sim, ser verdade...

"Apaixono-me pelo teu jeito de ser, apaixono-me pelo teu jeito de olhar. De repente vejo te diferente do que um dia já foste pra mim. E já não vislumbro uma tarde sem a tua presença, nem que seja em pensamento.
Posso parecer um apaixonado bobo. Mas o que é a vida sem estes arroubos de emoções? O que seríamos de nós se não fossem esses momentos fugidios (?) de esperança no futuro?
Contudo, agora já não adianta elocubrar. “O circo está armado”, como diriam uns. E já me vejo enovelado em uma estória da qual participo expectante sofrendo ações advindas de dentro de mim mesmo. Ações essas que já não lembrava ou talvez nem imaginava existirem mais.
Porém, infelizmente, nada disso é certo ou justo. Só me pergunto por que me sentir desta forma justamente agora. Por quê apareceste em minha vida neste justo momento? Estarei eu cego das razões? Deixando-me levar por pensamentos pueris? Será um momento de fraqueza que levará a um fortalecimento posterior? Desejo eu que sim, pois não quero nem desejo machucar a quem quer que seja.
Pois agora, o pior de tudo é que já te sinto também envolvida nas minhas emoções. É inevitável externar a alegria que me dá ao ver teu sorriso ou ouvir teu “bom dia”. É como se abrisse uma porta para dentro de mim. E tu já viste a porta aberta.
Creio que também não te sentes bem por saber ser indevida a nossa felicidade. Lutamos juntos e individualmente contra nós mesmos. Mas que luta injusta, eu diria! Como lutar contra emoções que cegam nossos olhos? O prazer de estarmos juntos é superior a qualquer pecado.
Mas já não é hora de pensar nisso. Quem sabe a distância que se faz iminente se encarrega de levar, assim como o vento, todo e qualquer resquício do que possa ter havido. E reste apenas uma doce lembrança. Que sigamos nossos caminhos já escolhidos e predestinados, pois não podemos passar por cima daquilo que já é. Quem sabe no futuro, em outra vida talvez, nos reencontremos em situação diversa que nos permita viver aquilo que tanto tentamos abafar agora. Se persistir, se sobreviver, certamente estaremos aptos a desfrutar da nossa companhia.
Até lá, mantenhamos a nossa cabeça em riste. Nos propósitos de correção a que sempre fomos fiéis. Não nos privemos das taquicardias, mas não deixemos que elas nos levem a perder a razão."

Wednesday, December 28, 2005

Entre as idéias e o concreto

Na verdade não chega nem a ser um post.. é só mesmo uma opinião...

O problema dessa coisa nova de computador e blogs é o intervalo entre o pensar e o fazer. No papel é só pegar uma caneta e abrir a mente, se a mão acompanhar ( o que muitas vezes não acontece).. Já nesse novo mundo virtual onde todos estamos enfiados até o nariz, é preciso ligar o computador, acessar a internet (acreditem! Existem muitas pessoas ainda de acesso discado), procurar o nome do site do blog (pra mim essa é a etapa mais difícil. Não decoro de jeito nenhum) e finalmente lembrar o nome de acesso e a senha.. até aí as idéias já se foram aos ares...

Monday, December 12, 2005

Desabafo...

Cá estou eu novamente...
Admito não estar muito em dia com o blog.. mas a vida é corrida e o tempo devora a todos (e usa a preguiça de molho).
Hoje será mais um desabafo na verdade... E como sei que não vou divulgar a ninguém. É o espaço que tenho pra falar a vontade.
Bem... a questão é que estou extremamente decepcionada com uma pessoa. E isso me deixa deveras triste por conhecê-la muito bem e saber que não é a mesma de hoje. É alguem que costumava ser tranqüila, quieta, da paz.. Até meio "zen" como alguns diziam. Falar mal de alguém..?? Bem.. isso todo mundo faz nem que seja um pouquinho. Ela também fazia, mas nada além do natural, e se policiava para não fazê-lo. Por mais que algumas vezes não estivesse em contato direto com a religião, possuía um estado de espírito tranqüilo.
Passou um tempo meio fechada por não se adaptar a algumas situações, mas se mantinha e se sabia bem.
Ultimamente... a desconheço completamente. Anda irritadiça demais. Nunca foi lá pavio muito longo mas não era explosão instantânea, como agora. Se incomoda com quase tudo por tão pouco. Até no trânsito onde era umas das pessoas mais calmas que já vi. Fala demais, de tudo e de todos. Cadê as palavras bonitas que se ouvia antes? E isso é o que me deixa mais triste.. essa ligua solta desvairada que ela tanto criticava nos outros e que tentava mantê-la bem amarradinha na sua boca. Já criou tantos mal-entendidos... E me parece mesmo meio falsa... dessas coisas de desabafar com mais de uma pessoa. Aí vira fofoca e confusão.. e se queima pelos motivos mais bobos. Era uma das mais procuradas pra dar conselhos ou simplesmente ouvir segredos... Há tempos que não vejo mais ninguém a procurando. Não é chamada pra eventos ou para um bom papo....
Enquanto escrevo isso... rolam algumas lágrimas pelo meu rosto... e um luto que já se instalou em mim desde quando percebi o início de tudo, que era inscipiente, há alguns dias vem se tornando insuportável.. e hoje explodiu. Não houve nenhum motivo especial para a explosão. Apenas explodiu como a minha tristeza.. tanta tristeza que estou escrevendo aqui. Torcendo e rezando para uma mudança rápida e certeira.
E tanta tristeza e desespero assim se resume em um só motivo: essa pessoa sou eu.

Sunday, November 20, 2005

O episódio da Barata

Acho que todo mundo (a maioria quase que absoluta das pessoas) tem uma certa incompatibilidade com baratas.... Eu não fujo à regra.
Assim como não foge à regra o fato de uma aparecer de vez em quando, vinda do ralo, aqui em casa.
Bem... chego eu tarde da noite, cansada, e quando vou ao banheiro trocar de roupa lá vejo ela.
Quando viu, dançou! Algo precisa ser feito! Dormir com barata viva em casa nem pensar!!!
Aí a gente pega o sapato e fica naquele vai-não-vai com medo do bicho se revoltar e pular na nossa direção.
Corri pra procurar o mais óbvio, fácil e de menor contato possível: o veneno em spray.
Me lembrei que da última vez usei um outro pra cupim de quebra-galho (mas que resolveu o meu problema). E dessa vez não tinha nem pra barata e nem pra cupim.
Foi nesse momento que pensei na única coisa em spray que tinha em casa: o desodorante!
Não tinha outra saída. Onde ela estava, na prateleira de vidro, eu não podia bater pra matar. Se só espantasse, talvez nunca mais a visse (e nunca mais dormisse). Tive que apelar pro desodorante.
E não é que surtiu efeito?!?!?!?
O bicho caiu no chão tontinho, a minha deixa pra sapatada.
...
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Depois disso fiquei me perguntando qual será o verdadeiro princípio ativo mata-baratas desses sprays... o veneno ou a força que chega no bicho.
Ou talvez essa barata simplesmente tinha alergia a cheiros fortes e teve uma intensa crise de asma com broncoespasmos terríveis ao levar 3 segundos de jato de Rexona bem no nariz.

De qualquer forma fiquei feliz em saber que tenho uma arma aliada e inocente em casa. Para horas de apuros.

O (re)início

Será que eu consigo voltar a escrever como antes?
Ter a vontade já é um grande começo.. agora só falta mesmo mantê-la tão ávida e faminta como era.
Mas, tenho de admitir que ultimamamente tenho sido tomada dos velhos e bons arroubos de fome de letras.. Por isso resolvi inaugurar um blog. Só espero não perdê-lo como o anterior.
Comecemos sem introduçoes ou apresentações.. pras idéias não se sentirem envergonhadas, sabe.. elas às vezes fogem..